Por que bebemos Espumante na passagem de ano?

Postado por: Dona Portuguesa In: Curiosidades On: Comentário: 0 Hit: 493

O que é que toda a gente faz na noite de fim de ano? Brindar com espumante, claro está.

Mas, por que o que o fazemos?

Descubra a resposta.

O ritual de passagem de ano ou Reveillon não é um evento estranho a tradições. Comer uvas-passas, vestir roupa interior nova e azul, subir para cima de uma cadeira com uma nota na mão, fazer barulho com panelas... são vários os rituais que preenchem a ultima noite do ano.

Porém, há uma coisa que não pode mesmo faltar para o brindar à meia-noite, o vinho espumante. Essa é talvez a tradição mais famosa e mais adotada por todo o mundo, do mais simples espumante ao autêntico champagne.

O que muitos desconhecem é como surgiu este costume.

 

É difícil determinar um início para tal tradição. A verdade é que o espumante acompanha diversas celebrações há séculos. É bem conhecido o gosto da aristocracia europeia pelo vinho em momentos especiais. Se recuarmos ainda mais no tempo, a preferência da alta sociedade romana pelo vinho é extensamente documentada, e a bebida era obrigatória em qualquer comemoração.

 

Entretanto, o vinho espumante, criado apenas no século XVI, levou aproximadamente dois séculos até que fosse aperfeiçoado e se transformasse numa versão mais próxima da bebida que conhecemos hoje através do método Champenoise. Curiosamente, os primeiros champagnes não foram produzidos em França, mas sim em Inglaterra, pois os ingleses possuíam a tecnologia e o conhecimento para a produção de garrafas de vidro resistentes o suficiente para aguentar a pressão do CO2 durante a fermentação da bebida.

 

Mais caro do que o vinho tradicional, o champagne rapidamente ganhou estatuto de produto de luxo no meio da alta sociedade. A bebida preferida da nobreza e dos mais privilegiados, logo começou a marcar presença em festividades. A realeza adorou a novidade e rapidamente passou a acreditar que a bebida trazia efeitos positivos para a beleza das mulheres e inteligência dos homens. Facto, no mínimo, curioso.

 

A partir da Revolução Industrial, com o início de uma cultura de consumo, que se mantém hoje, a imagem do champagne, ou vinho espumante, começou a ser trabalhada para simbolizar ascensão social entre a classe média. A bebida torna-se, então, um medidor de status social ao qual todos aspiravam alcançar, no centro da sociedade burguesa.

 

Mesmo que o champagne tenha adotado diferentes características e significados ao longo dos séculos, muitas vezes por motivos puramente comerciais, a sua associação à alegria e à festa mantém-se bem viva, desde o início do século XVIII.

Seja com um brinde, partindo uma garrafa no casco de um navio para batizá-lo ou “dando banho” a vencedores de uma corrida de F1, a comemoração com espumante é símbolo de celebração.

 

Embora não exista registo oficial de quando é que o vinho espumante começou a ser usado no Reveillón, é fácil perceber que tal tenha acontecido. Símbolo de festa de sorte, as celebrações de passagem do ano adotaram o espumante como uma de suas mais importantes tradições. É bem provável, ainda, que o evento e o vinho caminhem junto desde sempre.

 

De grande popularidade e quantidade de marcas disponíveis no mercado, para todos os preços e gostos, o vinho espumante tornou-se acessível a todos e a tradição cresceu ao longo dos anos.

 

Tudo nesta bebida simboliza comemoração, felicidade, festa, traços característicos da chegada do novo ano, celebrado em união com os que mais gostamos. Há quem diga que o vinho espumante esbanja vida na taça, e por isso é um costume tão especial e adorado quando termina a aguardada contagem regressiva e o relógio bate as 12 badaladas.

 

E este ano, qual vai escolher para entrar em 2021?

 

 

 

 

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